Regras de etiqueta na trilha: mountain biking e chuva

Por Jeff Waraniak

Publicado originalmente aqui

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Muitos novos mountain bikers não sabem que rodar com solo úmido, com lama, pode causa dano significativo em uma trilha. Por outro lado, existem muitos ciclistas mais experientes que argumentam que chuva e lama não justificam fechar automaticamente uma trilha. Em geral, a regra sobre rodar em uma trilha enlameada é simples: não faça isso. Erosão natural combinada com um monte de pneus estragando um singletrack não compactado pode causar muitas dores de cabeça não só para as equipes de manutenção como também para os colegas ciclistas que passam por novos buracos e raízes expostas.
No entando, regras gerais são apenas isso: gerais. Existem um número grande de fatores a se considerar na decisão sobre quando e se sua trilha escolhida está ou não pronta para rodar em condições chuvosas.

Terreno natural da trilha

Existem trilhas de Mountain Bike por todo o país e, em lugares como o Noroeste Pacífico, trilhas úmidas, encharcadas e enlameadas são inevitáveis. Não há sentido esperar que as condições fiquem áridas porque por 5 ou 6 dias da semana, a trilha estará molhada. Isso não significa que rodar nelas é uma atividade rara. Significa que trilhas arenosas e argilosas devem ser evitadas e que trilhas pedregosas e com solos mais coesos são uma melhor escolha. Trilhas planas e em locais mais baixos sofrem o maior desgaste, especialmente se foram compactadas por homens e máquinas.

Tipo de solo é o fator principal a se considerar antes de rodar na chuva e, apesar que algumas pessoas esperam até 12 horas para cada milímetro de chuva antes de rodar, é fato que vários tipos de solo secam mais rápido que outros, e a regra 12h/mm não se aplica sempre. É verdade que, contudo, uma trilha mais seca é menos suscetível a danos que uma molhada.

Manutenção de trilhas

Algumas trilhas aguentam 4 estações de uso dependendo de como foram construídas. Na verdade, de acordo com um livro publicado pela International Mountain Bike Association (IMBA), “muitos estudos tem demonstrado que trilhas mal projetadas ou mal localizadas são a principal causa de impacto.” Drenagem adequada mantém a erosão do solo ao mínimo e contenções bem construídas podem impedir que estragos extensivos ocorram. Adicionalmente, uma trilha bem projetada que é tanto desafiadora quanto agradável manterá seus usuários dentro dela. Ciclistas estão mais propensos a desviar da trilha nas condições úmidas e enlameadas, o que pode acarretar alargamento e erosão adicional. Verifique com as autoridades antecipadamente as políticas de uso de trilhas em condições úmidas e se você tiver vontade de andar na chuva, apareça na próxima sessão de manutenção para prestar ajuda.

Equipamento

Sua bicicleta provavelmente foi fabricada para lidar com uma variedade de terrenos e condições – sua bicicleta pode provavelmente lidar com a trilha o quanto você pode, mas algumas são mais adequadas à condições mais difíceis que outras. A IMBA revisou suas sugestões sobre o uso de trilhas úmidas dizendo que apenas bicicletas 29, 27,5 e Fat Bikes deveriam estar na trilha em clima chuvoso. As rodas maiores dessas bicicletas proporcionam mais tração e menos impacto.

Nível de habilidade

Complementando os comentários da IMBA sobre bicicletas com rodas maiores, a organização também sugeriu que, sempre que possível, os ciclistas devem evitar poças e lama com uma empinada ou um bunny-hop. Apesar disso não ser a solução viável para todo ciclista, verificar seu nível de habilidade antes de seguir para uma trilha molhada é sempre uma boa idéia. Rodar em uma trilha enlameada e suja pode vir a ser um ótima maneira de se divertir em cima da bike, mas sempre considere o impacto que o seu uso tem na sua segurança e na trilha em si.

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